As unhas, além de comporem a estética das mãos e dos pés, são também indicadores importantes da saúde do nosso organismo.
Alterações como unhas fracas, quebradiças ou descamando podem ser apenas resultado de agressões externas, como uso frequente de esmaltes ou contato com produtos químicos, mas em alguns casos são sinais de doenças que precisam de investigação médica.
Por isso, vou explicar as principais causas de unhas enfraquecidas, quando a alteração é apenas estética e quando pode estar relacionada a condições de saúde. Confira!
Unhas fracas: um problema comum
As unhas são formadas principalmente por queratina, uma proteína que garante sua resistência e elasticidade.
Qualquer alteração na produção, estrutura ou proteção dessa camada pode levar à quebra fácil, descamação nas pontas, perda do brilho natural e dificuldade de crescimento.
Esse é um problema muito comum, especialmente em mulheres, já que as unhas estão expostas com frequência a produtos de beleza, removedores de esmalte e procedimentos estéticos repetitivos.
Quando a causa é estética
Na maioria dos casos, as unhas fracas ou descamando estão relacionadas a fatores externos. Entre os principais:
- Uso excessivo de esmaltes e removedores
O uso contínuo de esmaltes e acetona pode ressecar a lâmina ungueal, deixando-a quebradiça e sem brilho.
- Contato com produtos químicos
Produtos de limpeza, detergentes e até cosméticos podem danificar a superfície das unhas quando não há proteção adequada, como o uso de luvas.
- Hábito de roer unhas (onicofagia)
Esse costume causa microtraumas constantes, que enfraquecem e favorecem descamações.
- Falta de hidratação
Assim como a pele, as unhas também precisam de hidratação. A ausência desse cuidado pode deixá-las mais secas e suscetíveis a quebras.
Nesses casos, as alterações são cosméticas e podem ser revertidas com cuidados simples, como hidratação regular, uso de bases fortalecedoras, intervalos sem esmalte e proteção contra produtos químicos.
Quando pode ser doença?
Em alguns casos, unhas fracas ou descamando são apenas a “ponta do iceberg” de algo mais sério. Alterações persistentes podem estar relacionadas a deficiências nutricionais, doenças dermatológicas ou sistêmicas.
Deficiências nutricionais
A falta de vitaminas e minerais, como ferro, zinco, biotina e proteínas, pode prejudicar a formação da queratina. Isso é comum em pessoas com dietas restritivas, má absorção intestinal ou após cirurgias bariátricas.
Sinais de alerta: unhas que não melhoram mesmo com cuidados estéticos e outros sintomas associados, como queda de cabelo, cansaço e palidez.
Micoses (onicomicoses)
Infecções causadas por fungos deixam as unhas grossas, opacas, deformadas e descamando. É uma das causas mais comuns e precisa de tratamento médico com antifúngicos tópicos ou orais.
Psoríase ungueal
A psoríase pode afetar apenas as unhas, causando descamações, depressões puntiformes (pequenas covinhas), manchas e descolamento da unha.
Doenças da tireoide
Alterações hormonais, tanto no hipotireoidismo quanto no hipertireoidismo, podem provocar enfraquecimento das unhas, além de queda de cabelo e ressecamento da pele.
Outras enfermidades sistêmicas
Doenças autoimunes, anemias, insuficiências renais e até problemas circulatórios podem se manifestar nas unhas. Por isso, mudanças persistentes devem sempre ser avaliadas.
Como identificar a diferença
Embora algumas alterações pareçam simples, é importante observar:
- Localização: se todas as unhas estão alteradas, pode ser algo sistêmico. Se apenas algumas, pode ser micose ou trauma local;
- Persistência: se mesmo com cuidados estéticos o problema continua, é sinal de alerta;
- Outros sintomas associados: queda de cabelo, cansaço, coceira na pele ou manchas podem indicar causas além da estética.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado pelo dermatologista, que examina as unhas e pode solicitar exames complementares, como testes de sangue, micológico (a fim de identificar fungos) e biópsia.
Tratamentos disponíveis
O tratamento depende da causa. Entre as abordagens possíveis, especialmente para fatores estéticos, estão o uso de bases fortalecedoras, suplementação vitamínica e hidratação, além de evitar o uso excessivo de esmaltes.
Já para causas médicas, é preciso tratar a doença de base (como tireoide ou psoríase). Em determinados pacientes, é recomendado utilizar antifúngicos orais ou tópicos em casos de micose, mudanças na alimentação e outros medicamentos específicos.
Quando procurar um dermatologista?
Unhas fracas ou descamando podem ser apenas consequência de hábitos e agressões externas, mas também podem indicar doenças que precisam de tratamento.
A melhor forma de descobrir a causa é procurar um dermatologista, que fará a avaliação adequada e indicará o tratamento certo para cada caso.
Lembre-se: cuidar da saúde das unhas vai muito além da estética. Elas são verdadeiros sinais de como está o equilíbrio do nosso corpo.





